Cai o índice de diversidade em Hollywood em 2022

As universidades de San Diego e da Califórnia do Sul divulgaram estudos que apontam queda ou estagnação no número de mulheres em produções no ano de 2022

O relatório anual The Celluloid Ceiling, da Universidade de San Diego, e o The Annenberg Initiative, da Universidade do Sul da Califórnia (USC) apontaram queda ou estagnação no número de mulheres e pessoas não-brancas trabalhando em produções cinematográficas. 

Universidade San Diego

Os 250 filmes de melhor bilheteria dos últimos 25 anos foram observados pelo relatório de San Diego. Entre eles, foram destacados os 100 filmes de 2022 com melhor desempenho. O resultado foi de 11% sob direção feminina, queda de 1% com relação ao ano anterior. 

Com outros cargos como roteiro, produção executiva, edição e direção de fotografia, a porcentagem feminina chega a 24%, dentre os 250 filmes. A primeira edição do relatório, realizada em 1998, apontou 17% de presença feminina na análise. 

Entre os melhores 250 filmes de 2022, as mulheres representavam 19% dos roteiristas, 25% dos produtores executivos, 31% dos produtores, 21% dos editores e 7% dos diretores de fotografia. O estudo também notou que filmes que tinham ao menos uma diretora mulher também possuíam uma maior quantidade de mulheres na equipe.

Universidade do Sul da Califórnia

A análise da USC, teve como enfoque a presença de profissionais de grupos sub representados. Foram observados filmes de maior bilheteria entre 2007 e 2022. Entre os 100 filmes de 2022, 9% foram comandados por diretoras, queda em comparação aos 12,7% de 2021. Quando segmentamos para mulheres negras, o número cai para 2,7% em 2022. Na lista com os 100 melhores filmes lançados nos EUA, no mesmo ano, apenas dez diretoras são mulheres. 

A Sony e a Universal, foram estúdios que se destacaram pela contratação de um maior número de mulheres e outras minorias. A Sony contou com cinco mulheres dirigindo seus principais filmes no ano, sendo duas delas negras.