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As experiências digitais nos games

Publicado em: 05/04/2023

Vários filmes de ficção científica recheiam a história do cinema e o nosso imaginário. E cada dia que olhamos para o presente esses filmes ficam com mais cara de documentário do que de ficção. Filmes como “Jogador Nº1”, de Steven Spielberg, ou “Gamer”, de Mark Neveldine e Brian Taylor, nos apresentam universos onde as personagens parecem viver mais dentro de seus games do que no mundo físico. Nos filmes é possível observarmos interações sociais e experiências a nível físico sem que seja necessário sair do jogo. A matéria “Why video games may be the future of streaming?” nos atenta para a evolução dos games nesse sentido.

Em Outubro de 2020 a Dubit realizou uma pesquisa com crianças de 8 a 10 anos e constatou que 35% se conectaram para jogar Roblox e 26% fizeram check-in no Fortnite nas últimas 24 horas. Além disso, Roblox apresentou um concerto ao vivo com o cantor de Lil Nas X que obteve 33 milhões de visualizações dentro do jogo. E streamings de vídeo já estão pensando em experiências coletivas como TeleParty, uma função que permite assistir e comentar um conteúdo de forma simultânea com outras pessoas. Também não podemos deixar de destacar os recentes investimentos da Netflix em conteúdos interativos dentro da plataforma. Tudo isso aos poucos deixa de ser uma tendência de mercado e passa a ser uma realidade.

Teóricos renomados como Henry Jenkins, escritor dos livros “Cultura da Convergência" e “Cultura da Conexão” já nos atenta há anos para o fim do telespectador passivo como conhecemos. O que estamos presenciando hoje é o surgimento de um tipo de consumidor que pode ser melhor apelidado de "experienciador". O consumidor atual é um colecionador de experiências, ele também deseja ser o foco da ação e influir nela. Este talvez seja um dos motivos do sucesso de ações da Roblox e do Fortnite, que ao mesmo tempo saciam de forma satisfatória essas duas vontades.

Esses eventos sociais proporcionados pelos games ganhou uma especial aceleração com a pandemia da Covid-19, algumas mudanças já estão parecendo permanentes como a integração do mundo físico e do mundo digital, fenômeno chamado pelos estudiosos de “Figital”, que são experiências que parecem integrar perfeitamente os dois mundos. Vide cases de sucesso como AmazonGo nos Estados Unidos e a chocolataria Dengo em São Paulo. Ou mesmo as TelePartys. Todas essas interações figitais e o surgimento dos “experienciadores” nos fazem refletir sobre o futuro das plataformas de streaming e as possibilidades que já batem à nossa porta.

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