VMVPD o modelo de TV paga das Novas Famílias
Através da história a tecnologia e a humanidade aparentam se moldar simultaneamente. Conforme a marcha do progresso tecnológico toma o seu rumo, velhas necessidades da humanidade são sanadas e novas surgem. No que aparenta ser, não um ciclo vicioso, mas uma espiral infinita. A bola da vez no mundo do consumo de vídeo, seja de canais lineares ou OTTs, é a sigla vMVPD ou Virtual Multichannel Video Programming Distributor. Lemos as matérias “ Nos EUA 43% dos assinantes de OTT migraram da TV por assinatura tradicional” e “What is a Virtual Multichannel Video Programming Distributor (vMVPD)?” para entender os movimentos do mercado e desmistificar a nova sigla do ramo da tecnologia.
A TV por assinatura acostumou-se a vender pacotes com centenas de canais via satélite, telecom ou cabo. Seu atrativo era “tenha acesso aos nossos 700 canais, nunca fique sem uma opção!”, todavia em um mundo onde streamings como a Netflix surgiu oferecendo milhares de filmes e séries para você assistir quando e onde quiser o argumento das TVs por assinatura começou a perder força. É normal que uma família tenha um pacote com centenas de canais e desfrute de uma ou duas dezenas. Além disso, ainda assinam algum pacote SVOD para que possam assistir seus filmes e séries quando der vontade. A filha pré-adolescente quer ver a série que todos os colegas estão comentando, o filho pequeno quer ver sua animação favorita, os pais querem ver as notícias e seus esportes favoritos. Todavia tudo está fragmentado em pacotes e serviços diferentes e as contas no fim do mês chegam cada vez mais gordas. E eles olham para os 600 canais que eles não assistem na TV por assinatura, mas que estão pagando.
Foi para sanar essa dor, que até uns anos atrás não existia, que as vMVPDs emergiram e rapidamente conquistaram cerca de 3,1 milhões de famílias norte-americanas com seus Skinny Bundles ou Pacotes Finos. A ideia é simples:para que pagar por canais que você não assiste em pacotes caríssimos se você pode montar seu pacote com canais que realmente interessam a sua família? E tudo feito através da internet. Na matéria “MVPD, vMVPD, SVOD – Differences and Similarities Simplified” o Youtube alega:“o YouTube TV também não tem taxas ocultas. Então, você está pagando apenas pela TV ao vivo que adora: não taxas de aluguel de equipamentos, taxas de HD ou DVR ou outras taxas misteriosas”. Com argumentos assim fica fácil entender porque 43% dos assinantes de vMVPD nos Estados Unidos migram diretamente da TV por assinatura. Sem falar que 15% dos assinantes não tinham qualquer outro serviço de TV paga. O que faz sentido quando observamos que jovens entre 18 e 34 anos representam 42% dos assinantes de vMVPD. São as novas famílias se formando e se adequando aos dias atuais.
Para imaginarmos essas novas famílias e esses novos consumidores que estão adentrando no mercado de streamings e OTTs precisamos considerar alguns outros dados. 93% dos assinantes de vMVPD também assinam um serviço SVOD, ou seja suas necessidades não são totalmente sanadas por um único serviço. Da mesma forma 73% destes assinantes estão muito satisfeitos com os serviços de vMVPD, embora 20% deles considerem trocar de serviço de vMVPD nos próximos seis meses. Aparentemente esse novo consumidor já adotou o Virtual Multichannel Video Programming Distributor como seu modelo ideal, mas será exatamente exigente com a plataforma que receberá a sua assinatura. E as mesmas perguntas que norteiam a espiral infinita do progresso tecnológico permanecem e voltamos os nossos olhos para os próximos passos para o aperfeiçoamento do modelo vMVPD e SVOD.
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